quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Condenação perpétua

Dois corpos combalidos na longa noite

Um sobre o outro sob um raio da lua

Adormeceram o amor depois do açoite

A serpente nela gravada na pele nua


Eva sobre o corpo do companheiro Adão

No ombro a marca do pecado: a serpente

Castigo da gênesis para a prole da nação

Como nasceram e viveram o de repente,


Num súbito voou a maçã e o castelo atingido

Trovões, chuvas e dilúvio foram a herança.

Igualmente o poderoso Demo saiu tangido


Gerações e gerações relutam num eterno

E vagam Adãos e Evas sem esperança

Desde a Pedra lascada ao Homem Moderno...


(Ademar Oliveira de Lima)

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