quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Transe-lúdico

Quando em casa me disperso, tudo vira em verso

O cemitério vocabular aberto aguarda o dia do liberto

Almas penadas em feixes saltam palavras como peixes

Das mãos me escorregam e no branco da folha navegam.


O preto e o branco se unem e num significante se imunem

Contra significação da pobreza e a voar alados em leveza

Em auras ao poeta circundam e em idéias fantásticas abundam

Abraços em abraços nascem versos, rimas e rimas renascem


Ressuscitar, significar é a ordem mesmo sendo desordem.

Suor da testa vira tinta, mentira ou verdade que se sinta

Poético transe-lúdico fazer a espera de um eterno acontecer


A contenda entre o A e o B e entre razão e emoção se Vê

Um todo cheio de luz na cognição se transforma e reluz

E na cova dura da lavra, enterro o poeta e salvo a palavra!


(Ademar Oliveira de Lima)

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